Dados do Trabalho


Título

REPARO LIGAMENTAR DA LESAO ESCAFOSEMILUNAR COM USO DE LIGAMENTO SINTETICO SEM FIXAÇAO PROVISORIA: AVALIAÇAO DE 20 PACIENTES.

Introdução e Objetivo

Avaliar a eficácia da técnica de reparo ligamentar dorsal do ligamento escafosemilunar com 2 âncoras e 1 neo ligamento sintético (fiber tape), sem o uso de fixação externa provisória dos ossos do carpo nas lesões traumáticas, bem como avaliar a presença de dor após a realização dessa técnica.

Material e Método

Foi realizado um estudo de série de casos, de pacientes com a lesão aguda traumática do ligamento escafosemilunar dorsal, tratados com 2 âncoras swivelock dx, 1 fiber tape e sem fixação provisória entre o período de janeiro de 2021 a agosto de 2023. Foram considerados os pacientes com no mínimo 6 meses de acompanhamento. O desfecho principal foi a manutenção da anatomia dos ossos do carpo por avaliação radiográfica, utilizando imagens radiográficas do punho em anteroposterior e perfil durante o seguimento pós operatório.

Resultados

Foram analisados 20 pacientes com idade entre 29 e 58 anos, sendo 13 (65%) do sexo masculino e 7 (35%) do sexo feminino. Dos 20 pacientes 14 (70%) tinham lesão no punho esquerdo e 6 (30%) no punho direito. Os resultados obtidos foram excelentes em 19 (95%) dos pacientes, e ruim em 1 (5%) com história de soltura da âncora no escafoide durante um movimento de hiperextensão forçada na fisioterapia.

Discussão

O desenho do estudo, série de casos restrospectivo, é a principal limitação do estudo. Apontamos a necessidade da realização de novos estudos, incluindo ensaios clínicos randomizados com a presença de um grupo controle, para confirmar os nossos achados com relação ao reparo ligamentar do ligamento escafosemilunar.

Conclusão

Houve manutenção da arquitetura e estabilidade cárpica em 95% dos casos e bons resultados funcionais. O reparo ligamentar da lesão escafosemilunar dorsal com uso de âncoras e fiber tape sem fixação provisória por via dorsal, é um método seguro, eficaz e promissor para o tratamento desse tipo de lesão. Nível de evidencia IV, série de casos.

Área

Clínico

Instituições

IFOR - São Paulo - Brasil

Autores

LUCAS BERNARDO CARVALHO DE ALMEIDA, FABIO SANO IMOTO, LUCAS LOFRANO