Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE OSTEOSSINTESE COM PLACA UTILIZANDO ENXERTO ESPONJOSO E OSTEOSSINTESE COM PARAFUSO UTILIZANDO ENXERTO CORTICO ESPONJOSO NO TRATAMENTO DAS PSEUDOARTROSES DE ESCAFOIDE: ENSAIO CLINICO

Introdução e Objetivo

INTRODUÇÃO: o escafoide representa 60% das fraturas do carpo. Não tratadas, as pseudoartroses de escafoide evoluem para o colapso do carpo, causando decréscimo importante na funcionalidade do membro e na qualidade de vida do paciente. Objetivo: comparar pacientes com pseudoartrose de escafoide operados com parafuso e enxerto córtico esponjoso e pacientes operados com placa e enxerto somente esponjoso quanto a consolidação óssea, estabilidade carpal e funcionalidade do membro.

Material e Método

MÉTODOS: trabalho de coorte prospectivo não-randomizado. Foram incluídos no estudo 19 pacientes com pseudoartrose de escafoide sem presença de SNAC avançado, sendo 09 pacientes operados com parafuso e enxerto córtico esponjoso (Grupo A) e 10 operados com placa utilizando enxerto esponjoso (Grupo B). Para a comparação, foi avaliado a recuperação funcional através da escala visual analógica, amplitude de movimento, força de preensão, força de pinça digital, escalas funcionais de DASH e MAYO wrist score no pré-operatório e com 12 semanas de pós-operatório. Para instabilidade carpal, pela medição dos ângulos escafolunar e radiolunar nas radiografias e do ângulo interescafoide na TC. E para consolidação óssea, TC com 8 semanas pós-operatória.

Resultados

RESULTADOS: grupo A com 90% e B com 100% de taxa de consolidação, porém com maior média de tempo para consolidação: 9,7 semanas (p = 0,002). Houve melhora na intensidade da dor em ambos os grupos (p=0,03), sem diferença significativa entre si. Houve aumento de força de pinça (p=0,04) e preensão no grupo B, enquanto diminuição nos pacientes do grupo A. O arco de movimento foi superior em pacientes do grupo B, com perda de desvio ulnar (p=0,02) e radial (p=0,007) em pacientes do grupo A. Em relação ao MAYO wrist score, houve perda de função no grupo A e aumento no grupo B com significância estatística (p=0,007). Houve correção do ângulo escafolunar em ambos os grupos (p=0,03), sem diferença de melhor correção entre si.

Discussão

DISCUSSÃO: ambas técnicas operatórias apresentaram boas taxas de consolidação. A placa apresentou melhor retorno funcional. A experiência clínica do estudo mostrou que caso a placa não esteja corretamente posicionada no escafoide ou que seja necessário usá-la mais proximal, ela pode causar o atrito no rádio.

Conclusão

CONCLUSÃO: pacientes do grupo B obtiveram melhor recuperação de arco de movimento, força de pinça e de preensão e melhor funcionalidade de acordo com o MAYO wrist score. A pequena amostragem foi o principal fator limitante do estudo.

Área

Clínico

Instituições

Instituto de Ortopedia, Hospital das Clínicas - IOT/HCFMUSP - São Paulo - Brasil

Autores

ERICK YOSHIO WATAYA, ANTONIO ISIDORO DE SOUSA NETO, JOAO CARLOS NAKAMOTO, CINDY PAOLA ENNIS ARCINIEGAS, LUIZ SORRENTI, LUCIANO RUIZ TORRES