Dados do Trabalho


Título

DINAMOMETRIA DE PINÇA SUBTERMINAL: UM NOVO METODO PARA QUANTIFICAR O DEFICIT DE FORÇA NA PARALISIA DO NERVO ULNAR

Introdução e Objetivo

Avaliações precisas antes e após a cirurgia são essenciais para registrar a qualidade da recuperação pós reparo do nervo ulnar. Tradicionalmente, a força manual é avaliada pelo teste manual de força muscular (MMT), porém, este método é impreciso. Estudos recentes têm empregado a dinamometria para medir a força de preensão e de pinça lateral, contudo, tais medidas não isolam a função do nervo ulnar, envolvendo também os nervos mediano e radial. Propõe-se, neste estudo, a utilização de uma nova pinça, denominada pinça subterminal, visando avaliar a força em pacientes com lesão do nervo ulnar e comparar os resultados com outras formas de medição de força manual.

Material e Método

O protocolo aprovado pelo comitê de ética da universidade, informando o consentimento por escrito dos pacientes. Entre janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Foram 28 pacientes pré reparo do nervo ulnar foram avaliados e 17 incluídos na análise final. Utilizou-se um dinamômetro de pinça comercial, aplicando-se pressão com a articulação interfalângica do polegar em extensão para evitar a ação do músculo flexor longo do polegar. Foram medidas as forças de preensão, pinça lateral, pinça para zoom e pinça subterminal, comparando-as com as da mão normal.

Resultados

Nos 17 pacientes analisados, a força de preensão representou 46% do normal, a de pinça lateral, 58%, a de pinça para zoom, 26%, e a de pinça subterminal, apenas 7%. A pinça subterminal apresentou o maior déficit de força, superior a 90%. A análise estatística revelou diferenças significativas entre as mãos afetadas e normais, evidenciando a considerável perda de força na pinça subterminal em pacientes com lesão do nervo ulnar.

Discussão

A força na pinça subterminal foi significativamente reduzida em pacientes com lesão do nervo ulnar, refletindo na queixa principal de fraqueza do polegar necessitando a reconstrução. O expressivo déficit de força nessa pinça sugere sua alta dependência da função do nervo ulnar, tornando-a mais confiável para quantificar a recuperação pós o reparo. Em contraste, forças de preensão e pinça lateral foram menos afetadas, indicando serem menos específicas para avaliar a função do nervo ulnar. Ressaltando a importância a importância da pinça subterminal como um método para avaliar déficits de força em lesões do nervo ulnar.

Conclusão

A dinamometria de pinça subterminal emerge como uma ferramenta promissora para a avaliação do déficit de força em da paralisia do nervo ulnar. Podendo quantificar a recuperação pós reparo destacando sua utilidade clínica.

Área

Clínico

Instituições

Clinica Vera Lehm - Santa Catarina - Brasil

Autores

VERA LUCIA LEHM , JAYME AUGUSTO BERTELLI